sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Outono



Dias cinzentos e tristes
Arvores despidas, sem cor
Pássaros rumo ao desconhecido
Por já terem pressentido
Que foi embora o calor

Tempo de melancolia
Triste e tão deprimente
Nuvens cinzentas passeiam
E meus sentidos anseiam
Que venha o verão novamente

Folhas caídas no chão
Arvores despidas sem pudor
Que fazer ao meu coração
Que sente os sinais de cada estação
E partilha desta dor…

Outono, estação sombria
E cheiro a terra molhada
Não tardes a ir embora
Para que esta alma que chora
Fique um pouco mais confortada
Que placebo foi ouvir tua voz
Que tratou, em parte, a ausência de ti
Mandei-te embora mas sofro de saudade
Pensei que poderia ficar só com a amizade
Mas dos teus carinhos eu não me esqueci

Ainda não esqueci as doces palavras
Com que brindavas meus tristes momentos
E mesmo agora sabendo que mentias
E que era falso aquilo que dizias
Ainda sonho com esses momentos

Pergunto-me em vão porque me sinto assim
Porque teima o sentimento em sobreviver
Num cenário novo em que tudo acabou
E onde a flor que despontava, murchou
E perdeu seu fulgor para sobreviver

E em vão recordo tudo o que ganhei
E em vão recordo tudo o que perdi
Foste a felicidade com sabor a fel
Foste um feitiço, foste bem cruel
E em vão continuo a pensar em ti