sábado, 18 de outubro de 2008

Nada como olhar o mar…


As sensações que o mar sempre nos transmite dilatam-se exponencialmente quando estamos ou vivemos na solidão. A solidão é um péssimo lugar para se viver, degrada-nos… mas ao olhar o mar eu percebi que não vivo na solidão, apenas estou na solidão e estar nesse estado de alma a olhar o mar é fascinante.
É fascinante porque é como se apenas existisse naquele momento: Eu, o mar, o céu e os pensamentos. Apenas estes elementos, mais nada nem ninguém. O mundo gira á minha volta, pessoas, factos, ocorrências… mas eu não estou lá, estou demasiado envolvida no meu mar, céu e pensamentos. Sendo o pensamento um processo mental
que permite aos seres humanos modelarem o mundo e com isso lidarem com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas e planos, o meu pensamento nesse momento moldava o meu mundo e por ele corriam velozmente todos os meus desejos e anseios, as minhas angústias e dores, os meus pesadelos e contentamentos…
Se o pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do
espírito humano, pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste, então o meu exprimia nesse momento uma grande vontade de aprender a lidar com esta angústia que me assola e vontade de ser atingida por uma bala de esperança com a seguinte mensagem: “Edite, a VIDA demora, mas vale a pena”.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A vida não pára…


















Não pára quando estás amargurado e melancólico e sentes que precisas de tempo. Tempo para folhear as páginas do teu diário, tempo para descobrir o erro cometido e para que possas corrigi-lo e continuar com a certeza de que pelo menos esse equívoco tu já descobriste, solucionaste e tudo farás para não voltar a cometê-lo...
Não pára quando tudo parece perdido, ou quando sentes que vais perder algo ou alguém que amas profundamente e que precisas manter na tua vida, para que ela continue a fazer sentido para ti…
Não pára quando estás alegre e esfusiante de felicidade ou prazer e desejas que tudo pare e que aquele momento se perpetue mais e mais…
E chega a ser tão surpreendente o facto de, mesmo sabendo que a vida não pára, no dia-a-dia ela continuar a ser vivida por nós como se fossemos eternos, imortais, inextinguíveis…
A vida é hoje, agora, aqui e já, com ou sem, porém vivendo e usufruindo porque…
A vida não pára...